Por Vera Morais em entrevista com Dr. Nelson Tatsui - Hematologista, Especialista em Células Tronco
A aplicação terapêutica de células-tronco proporcionará a cura de inúmeras doenças num futuro próximo. Estas células, portadoras de alta capacidade de regeneração, são estudadas clinicamente para regenerar órgãos e formar novos tecidos, além de substituírem o transplante de medula óssea em casos de alguns tipos de câncer. Com a aprovação da Lei de Biossegurança a população animou-se muito, entretanto, muitas barreiras ainda dificultam as pesquisas destas células, e principalmente o seu uso terapêutico. Além da impossibilidade legal de fazer uso da clonagem terapêutica, que seria o ideal para pesquisas e até mesmo o uso clínico, um levantamento feito em clínicas de fertilização demonstrou que, o número de embriões disponíveis para pesquisa é muito baixo. Além disso, há de se esperar pela autorização dos pais para sua utilização.
Mas o que poucos sabem, é que existem dois tipos de células-tronco: as embrionárias e as adultas. Acredita-se que as células provenientes de embriões possuem maior potencial de regeneração em relação às células adultas, e por conseqüência, mais possibilidade de curar enfermidades. Isso porque elas são pluripotentes, ou seja, podem se transformar em praticamente qualquer célula do corpo humano. Essa capacidade permite que um embrião se torne um organismo completo.
E o que são células-tronco adultas? De acordo com o hematologista Dr. Nelson Tatsui, pesquisador destas células há vários anos, o corpo humano possui outras células-tronco, que continuam a existir depois da fase embrionária. "Essas células se concentram em grande quantidade em 2 lugares do organismo: na medula óssea, e no sangue do cordão umbilical do recém nascido", explica o médico.
Este material é multipotente, ou seja, pode produzir os principais tecidos do corpo humano, como observa Dr. Nelson Tatsui. "Existem pesquisas que comprovaram a aplicação prática dessas células na criação de estruturas nervosas, como os neurônios, além da produção de ossos, cartilagens, gordura, entre outras estruturas, já obtidas em laboratório", conta.
Na USP, Universidade de São Paulo, uma experiência aplicou células-tronco adultas em pacientes com lesão na medula espinhal, com resultados comprovadamente positivos. Da mesma forma, uma técnica de implante destas células no cérebro de vítimas de acidente vascular cerebral está sendo feita por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro e do Pró-Cardíaco.
Quando se pensa no tempo estipulado para que os pesquisadores manipulem estas células, é comum associar a promessa de cura a uma possibilidade distante. Mas, considerando-se a medicina como uma ciência milenar - o diabetes, por exemplo, foi diagnosticado há mais de 3.500 anos - o prazo de 5 ou 10 anos significa frações de segundos em termos proporcionais à evolução.
Em vista de aplicações práticas e experimentações da biotecnologia, estima-se que nos próximos anos as células-tronco sejam totalmente manipuladas. O Dr. Nelson Tatsui acredita que o estudo em células adultas não perde importância diante das embrionárias, em razão dos resultados já existentes, por haver um controle maior do que as células embrionárias - seu potencial de regeneração, de difícil controle, pode provocar tumores - e por não esbarrar em questões éticas. "Estas pesquisas são uma garantia de reserva futura para aplicação terapêutica de doenças como Mal de Alzheimer, diabetes e artrite reumatóide, e diversas anemias congênitas", conclui. Hoje, as células de cordão umbilical já podem ser utilizadas para o tratamento de mais de 45 tipos de doenças. (vide lista dessas doenças abaixo)
Doenças tratáveis com uso de células do cordão umbilical
Doenças malignas:
Leucemia linfóide aguda
Mas o que poucos sabem, é que existem dois tipos de células-tronco: as embrionárias e as adultas. Acredita-se que as células provenientes de embriões possuem maior potencial de regeneração em relação às células adultas, e por conseqüência, mais possibilidade de curar enfermidades. Isso porque elas são pluripotentes, ou seja, podem se transformar em praticamente qualquer célula do corpo humano. Essa capacidade permite que um embrião se torne um organismo completo.
E o que são células-tronco adultas? De acordo com o hematologista Dr. Nelson Tatsui, pesquisador destas células há vários anos, o corpo humano possui outras células-tronco, que continuam a existir depois da fase embrionária. "Essas células se concentram em grande quantidade em 2 lugares do organismo: na medula óssea, e no sangue do cordão umbilical do recém nascido", explica o médico.
Este material é multipotente, ou seja, pode produzir os principais tecidos do corpo humano, como observa Dr. Nelson Tatsui. "Existem pesquisas que comprovaram a aplicação prática dessas células na criação de estruturas nervosas, como os neurônios, além da produção de ossos, cartilagens, gordura, entre outras estruturas, já obtidas em laboratório", conta.
Na USP, Universidade de São Paulo, uma experiência aplicou células-tronco adultas em pacientes com lesão na medula espinhal, com resultados comprovadamente positivos. Da mesma forma, uma técnica de implante destas células no cérebro de vítimas de acidente vascular cerebral está sendo feita por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro e do Pró-Cardíaco.
Quando se pensa no tempo estipulado para que os pesquisadores manipulem estas células, é comum associar a promessa de cura a uma possibilidade distante. Mas, considerando-se a medicina como uma ciência milenar - o diabetes, por exemplo, foi diagnosticado há mais de 3.500 anos - o prazo de 5 ou 10 anos significa frações de segundos em termos proporcionais à evolução.
Em vista de aplicações práticas e experimentações da biotecnologia, estima-se que nos próximos anos as células-tronco sejam totalmente manipuladas. O Dr. Nelson Tatsui acredita que o estudo em células adultas não perde importância diante das embrionárias, em razão dos resultados já existentes, por haver um controle maior do que as células embrionárias - seu potencial de regeneração, de difícil controle, pode provocar tumores - e por não esbarrar em questões éticas. "Estas pesquisas são uma garantia de reserva futura para aplicação terapêutica de doenças como Mal de Alzheimer, diabetes e artrite reumatóide, e diversas anemias congênitas", conclui. Hoje, as células de cordão umbilical já podem ser utilizadas para o tratamento de mais de 45 tipos de doenças. (vide lista dessas doenças abaixo)
Doenças tratáveis com uso de células do cordão umbilical
Doenças malignas:
Leucemia linfóide aguda
Leucemia mielóide aguda
Leucemia mielóide crônica
Leucemia mielóide crônica juvenil
Linfoma de Burkit
t Liposarcoma
Síndrome Mielodisplásica
Tumores sólidos (ex.: neuroblastoma ou retinoblastoma)
Doença de Hodgkin refratária Linfoma Não-Hodgkin
Deficiências medulares:
Anemia aplástica
Deficiências medulares:
Anemia aplástica
Anemia aplástica idiopática
Síndrome Blackfan-Diamond
Disqueratosis congênita
Anemia de Fanconi
Trombocitopenia amegacariocitica
Síndrome de Kostmann
Hemoglobinopatias:
Hemoglobinopatias:
Talassemia (anemia de Cooley)
Anemias falciformes
Doenças metabólicas:
Adrenoleucodistrofia
Doenças metabólicas:
Adrenoleucodistrofia
Doença de Batten
Doença de Gunther
Síndrome de Hunter
Síndrome de Hurler
Síndrome de Lesch-Nyhan
Síndrome de Maroteaux-Lamy
Imunodeficiências:
Síndrome de Omenn
Imunodeficiências:
Síndrome de Omenn
Deficiências imunitárias combinadas severas
Disgênese reticular
Displasia tímica
Leucodistrofia celular globóide
Síndrome de Wiskott Aldrich
Síndrome Linfoproliferativa ligada ao cromossomo X
Outras doenças:
Síndrome de Evans
Outras doenças:
Síndrome de Evans
Osteopetrose
Histiocitose das células de Langerhans
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