POR QUE DEVO PERDOAR

Mt 18.23-35

“E, quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém, para que vosso Pai, que está nos céus, vos perdoe as vossas ofensas” (Mc 11:25).
“Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo” (Ef 4:32).
“Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também” (Cl 3:13).
“Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça. Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem”(Rm 12:20,21).
“Porque o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia; e a misericórdia triunfa do juízo” (Tg 2:13).
“E a quem perdoardes alguma coisa, também eu; porque, o que eu também perdoei, se é que tenho perdoado, por amor de vós o fiz na presença de Cristo; para que não sejamos vencidos por Satanás;...” (2 Co 2:10).
Philip Yancey em seu livro Maravilhosa Graça diz: “O perdão é a única alternativa que pode deter o ciclo da culpa e da dor, interrompendo a cadeia da ausência de graça.]
Quando me sinto ofendido, posso imaginar uma centena de motivos contra o perdão. Ele precisa aprender uma lição. Não que incentivar o comportamento irresponsável. Vou deixá-la em banho-maria por um tempo; vai-lhe fazer bem. Ela precisa aprender que suas atitudes têm conseqüências. Fui ofendido — não preciso dar o primeiro passo. Como posso perdoar se ele nem mesmo está arrependido? Eu controlo meus argumentos até que aconteça alguma coisa que derrube a fortaleza do orgulho dento de mim. Ai o milagre do perdão começa a ser processado.
A palavra ressentimento significa literalmente “sentir de novo”... Ressentimento pode significar: arrancar a casta de modo que a ferida nunca sara...
A história de um casamento que se desintegra por causa de um sabonete:
Era obrigação da mulher manter a casa em ordem, inclusive na responsabilidade da provisão de toalhas, papel higiênico e sabonete no banheiro. Um dia ela esqueceu de colocar o sabonete no banheiro, um esquecimento que o seu marido classificou exageradamente: “Estive tomando banho por quase uma semana sem sabonete”, e ela o negou com vigor. Embora fosse verdade que realmente tinha esquecido, o orgulho estava em jogo e ela não voltaria atrás. Durante os sete meses seguintes eles dormiram em quartos separados e comeram em silêncio. “Mesmo depois que ficaram idosos e plácidos”, escreve MARQUEZ, tinham muito cuidado em tocar no assunto, pois as feridas mal cicatrizadas poderiam começar a sangrar de novo como se tivessem sido infligidas ontem”. A pergunta é: Como pode um sabonete acabar com um casamento? Porque nenhum dos parceiros foi capaz de dizer: “Chega. Isto não pode continuar. Sinto muito. Perdoe-me”.
Françóis Mauriac, conta em seu trabalho “Ninho de Víboras” uma história de um velho homem que passa as ultimas décadas de seu casamento dormindo no corredor. Uma brecha se abrira há trinta anos porque o marido não havia demonstrado bastante preocupação quando a filha de cinco anos de idade ficou doente. Agora, nem o marido nem a mulher queriam dar o primeiro passo. Todas as noites ele espera que ela se aproxime, mas ela não aparece. Todas as noites ela fica acordada esperando que ele se aproxime, e ele não aparece. Nenhum dos dois vai interromper o ciclo que começou há vários anos. Nenhum dos dois se abrem para perdoar.
Em suas memórias de uma família realmente desarranjada, Mary KArr conta a história de um tio do Texas que continuou casado, mas não falava com a esposa há quarenta anos, desde um briga por causa do quanto ela gastava com o açúcar. Um dia ele pegou uma serra e dividiu sua casa exatamente no meio. Pregou tábuas nos lados cortados pela serra e empurrou uma das metades para trás de um bosque de pinheiros no mesmo terreno. São dois, marido e mulher, vivendo o resto de seus dias em casas separadas.
Um talento equivale a trinta e cinco quilos de ouro ou prata. Dez mil talentos equivalem a trezentos e cinqüenta mil quilos de ouro ou prata . (Uma divida impagável.) Todos os impostos da Judéia, Beréia, Sarnaria e Galiléia durante um ano eram de oitocentos talentos. Dez mil talentos representavam todos os impostos da nação por treze anos.
Somos confrontados por Deus, precisamos prestar contas da nossa vida a Ele. Somos pesados na balança justa de Deus.
A falta de perdão:
1. É sinal de ingratidão a Deus (v.32)
2. Desperta a ira de Deus (v.34)
3. Gera profunda tristeza às pessoas (v.31)
4. Aprisiona tanto o ofensor como o ofendido (vs. 3034)
5. Produz flagelo (v. 34) Quem não perdoa não tem paz. Quem não perdoa adoece.
6. Fecha as portas das misericórdias de Deus (v. 35) Quem não perdoa não recebe o perdão de Deus (Mt 6:14,15).
Assim:
• Não podemos carregar no coração o peso da mágoa.
• Não perdoar me aprisiona ao passado e exclui todo potencial de mudança. Assim, transfiro o controle ao outro, meu inimigo, e me condeno a sofrer as conseqüências do erro.
• A única coisa mais difícil do que o perdão é não perdoar.
• O perdão é a faxina do coração, é a cura das memórias amargas, é a amnésia do amor.
• Quem se fecha para o perdão, se fecha para a comunidade da fé.
• Quem não perdoa como Deus perdoa, se fecha para a vida de Deus.
• O perdão de Deus é: completo, final e constante.
• O perdão zera as contas do passado e restaura relacionamentos.
A parábola do Filho Pródigo nos ensinas pelo menos três lições sobre como deve ser o nosso perdão, e o padrão é o perdão do Pai. Primeiro: nos ensina que o perdão cancela o passado por mais horrendo que ele tenha sido. O Pai mandou tirar os trapos sujos de lama de seu filho e colocar nele um traje novo. Quando as pessoas olhassem para ele não veriam nenhum vestígio da sua miséria passada. Isso é perdão. Quem perdoa não fica revivendo as histórias passadas.
Segundo: com a parábola Jesus nos ensina que o perdão restaura a pessoa caída e lhe devolver a dignidade. O Pai mandou colocar um anel no dedo do filho. Ele não era escravo e sim filho. O filho queria ser apenas um escravo, mas o Pai restaurou-lhe a filiação, a dignidade. O Pai não apenas cancelou o seu passado, mas restaurou o seu presente. Isso é perdão...
Terceiro: a parábola nos ensina que o perdão abre as portas para a celebração da reconciliação. O Pai não apenas recebeu o filho de volta, mas festejou o seu retomo. No NT, a palavra grega mais comum para o perdão significa, literalmente, soltar, jogar para longe, libertar-se. O perdão oferece uma saída — É a oportunidade que se dá ao outro de começarem outra vez. Disse Solzhenitzyn, nós diferimos de todos os animais. Não é a nossa capacidade de pensar, mas a nossa capacidade de nos arrependermos e perdoar que nos toma diferentes. Só os seres humanos podem realizar esse ato antinatural, que transcende a implacável lei da natureza.
Pr. Josué Gonsalves

Comentários

adrecal disse…
goste muito pois este assunto muitos ainda ,não acordaram para a questão do perdão é uma ferramenta que não pode faltar na bagagem do servo de Deus..excelente pastor farias parabems!!!!

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