Perdi minha Voz”


EDIÇÃO 85 > ESPECIAL DE CAPA
Dor, milagre e cuidados de uma cantora
“Perdi minha Voz”
Alomara Andrade




Nos últimos sete meses, a cantora Eyshila viu sua vida e ministério passarem por uma revolução. Com uma agenda de apresentações sempre cheia nos últimos anos, uma simples rouquidão na voz evoluiu para nódulos, depois para um cisto até que uma intervenção cirúrgica foi inevitável. E, com a cirurgia, o medo de perder a voz e não mais poder exercer o dom que recebeu de Deus e com o qual tem abençoado tantas vidas. Eyshila foi operada. Mas sua voz não voltou. Um granuloma foi diagnosticado. No lugar do medo, porém, surgiu uma prova de fé. “Posso até fi car sem voz, mas meu coração jamais vai deixar de adorar ao Deus que amo”, afirma Eyshila, que é membro da Assembléia de Deus da Penha (RJ).
Hoje, a cantora, que está lançando seu DVD “Até Tocar o Céu”, compartilha com Enfoque todo ensinamento que assimilou com seu drama. Como recebeu os diagnósticos, a recepção da família, amigos e público, o apoio do marido, pastor Odilon, e dos fi lhos Matheus e Lucas. “Custei a admitir que poderia haver algum problema mais sério. Na verdade, relutei bastante até procurar meu médico. Mas percebi que não podia mais adiar esse encontro com a realidade”, confessa, revelando um testemunho de cura, sim! Mas também um alerta para que as pessoas identifi quem seus limites e aprendam a conservar o templo do Espírito Santo perfeito para que Deus possa usá-lo conforme Sua vontade.


VOCÊ ESTÁ CURADA?
Sim, estou. Ainda tenho que cumprir um tempo indeterminado de repouso e fonoterapia até que minhas cordas vocais voltem a funcionar perfeitamente. Mas estou curada, graças a Deus!COMO


FOI DESCOBRIR UM PROBLEMA TÃO SÉRIO?
Foi difícil e frustrante. A Bíblia diz que ao “homem pertencem os planos do coração, mas do Senhor vem a resposta da língua”. Eu tinha muitos planos para o início desse ano de 2008, mas Deus tinha outros. Embora eu saiba que o tempo e o modo de Deus são sempre perfeitos, é difícil aceitar Sua vontade quando ela foge daquilo que idealizo para mim. Por mais que tenhamos fé, sempre vamos nos deparar com situações em que a vontade de Deus se choca com a nossa e temos que aceitá-la e seguir, ou rejeitá-la e morrer.
Escolhi obedecer e viver. Aceitar o fato de que, mesmo sendo filhos amados do Senhor, dono do universo e criador de todas as coisas, habitamos em um corpo mortal, que a Bíblia chama de tabernáculo. E enquanto estivermos limitados a esse espaço e a esse plano físico, estaremos sujeitos a enfermidades e até à morte. O apóstolo Paulo faz recomendações a seu fiel amigo Timóteo acerca de suas constantes enfermidades em 1 Tm. 5:23. Creio em cura divina, no poder de Deus, mas creio também que, se pela permissão de Deus tivermos que enfrentar enfermidades, nosso Deus continua no trono, continua soberano, fi el e nos amando como sempre amou. Minhas lutas não diminuem quem Deus é pra mim.

CONSEGUIU ADMITIR DE

IMEDIATO QUE ESTAVA DOENTE OU FUGIU DA REALIDADE?
Ano passado foi um tempo muito abençoado, mas também muito corrido. Gravei o CD “Amigas”, com a Fernanda Brum, gravei o meu primeiro CD em espanhol “Hasta Tocar el Ciello” e, por fi m, gravei o DVD “Até Tocar o Céu”, na Praia de Iracema, em Fortaleza (CE). Toda essa correria exigiu muito esforço físico e mental. Ao fim de 2007, eu me senti esgotada. Percebi que estava com uma rouquidão crônica que não passava nem mesmo com repouso absoluto. Passei o mês de janeiro inteiro de férias e não melhorei. Custei a admitir que poderia haver algum problema mais sério. Na verdade, relutei bastante até procurar meu médico. Até que senti que não podia mais adiar esse encontro com a realidade


.QUANDO SENTIU QUE ERA HORA DE PARAR PARA SE TRATAR?
Desde que percebi que minha rouquidão era crônica, diminuí o ritmo de minha agenda. Pensei que esse tempo seria sufi ciente para que a minha voz voltasse ao normal, mas estava enganada. Resolvi procurar meu otorrinolaringologista, doutor Marcos Sarvat, que detectou alguns nódulos que, segundo ele, regrediriam com um tratamento fonoterápico. Mas não percebi melhora alguma. Então, por indicação de minha fonoterapeuta, voltei ao médico e fiz uma nova videolaringoscopia, que revelou um cisto. Foi quando o médico disse que meu caso era cirúrgico.


QUE REAÇÃO TEVE SUA FAMÍLIA E AMIGOS?
Fui com a Liz Lanne, minha irmã, e com a Marli, uma grande amiga, fazer o exame. Todas nós saímos daquele consultório perplexas, confusas e, ao mesmo tempo, confi antes no Deus a quem servimos. Lembrome de que fi quei um bom tempo em silêncio durante o trajeto de volta para casa. Comecei a falar com o Senhor e a escrever uma canção. Fiquei calada na esperança de que Deus me desse uma resposta, uma explicação para aquilo que eu estava vivendo. E Ele, de fato, falou comigo, enquanto minha caneta deslizava naquele papel.
Mas, sabe de uma coisa? Tenho aprendido com o pastor Silas Malafaia que há momentos em que Deus não nos livra da cova, mas Ele nos livra na cova. Daniel foi lançado sozinho na cova dos leões. Seus amigos, por mais fi éis que fossem, não puderam livrá-lo. Nem mesmo o rei pôde evitar aquele momento na vida de Daniel, a quem ele tanto considerava. Há situações que realmente fogem do nosso controle e o nosso único meio de escape é a nossa fé. Aqueles que nos amam podem até sofrer conosco, chorar conosco, orar por nós, mas não podem evitar as nossas covas, porque elas também são permitidas por Deus. A Bíblia diz no livro de Daniel 6:23, que Daniel saiu daquela cova sem nenhum ferimento, porque confi ou no Senhor seu Deus. A fé de Daniel foi a arma de defesa naquele momento inevitável de sua vida.
Apoio da família: o esposo pastor Odilon e os filhos Lucas e Matheus sempre ao lado da cantora

VOCÊ SENTIU MEDO DE NUNCA MAIS VOLTAR A CANTAR?
Lembro-me de que quando cheguei em casa, abracei meu marido e disse: “Amor, o médico disse que meu caso é cirúrgico. E agora, o que vamos fazer?” E ele me disse: “Vamos orar. O que quer que Deus nos ordene, nós faremos. Se Ele quiser te curar hoje, nós sabemos que Ele tem poder para isso. Mas, se Ele quiser que você passe pelas mãos dos médicos que Ele mesmo capacitou e dotou de sabedoria, vamos acatar Sua vontade. Aquiete o seu coração”. A partir dali, começamos a pedir direção ao Senhor nesse sentido. E chegamos à conclusão de que era da vontade dEle que eu fosse operada.
Pela primeira vez na vida tive um vislumbre do que é passar pelo vale da sombra da morte. Tive muito medo. Quem disse que crente não tem medo é mentiroso. Tenho aprendido que o medo é uma realidade até mesmo na vida do crente. O que não podemos é nos deixar dominar pelo medo. Não podemos permitir que se transforme em pavor, que nos paralise e nos impeça de reagir, avançar e seguir em direção ao nosso objetivo.
Tive medo de um erro médico, tive medo da minha voz mudar muito, tive medo da anestesia. Enfim, fui atacada por vários temores, mas não fui vencida por eles. Não permiti que eles infl uenciassem minha decisão e que eu tinha convicção de ser a decisão de Deus. Um dia antes da cirurgia, tranquei a porta do meu quarto e coloquei bem alto um louvor a Deus. Era uma canção do Fernandinho e falava sobre cura. Comecei a tomar posse daquela palavra para minha vida. Quando percebi, já estava com o rosto no chão, adorando e chorando aos pés do meu Senhor. Naquele momento, fi z a Ele uma entrega total e absoluta da minha voz. Entendi que Deus estava querendo de mim algo mais precioso do que minha voz. Ele estava me pedindo o meu tempo.
Passei a entender a razão da cirurgia. Se eu fosse operada, teria que cumprir um período maior de repouso, período que eu jamais conseguiria respeitar sem estar operada. Deus queria me calar para poder falar comigo. Ele precisava que eu me aquietasse para entender o que há de novo para mim nesse tempo.
Então, as coisas se tornaram claras para mim. Alguns momentos depois, recebi um telefonema da Fernanda Brum. Ela estava em um congresso da Lagoinha, junto com a Ana Paula Valadão e me disse: “Eyshila, compartilhei com a Ana o seu problema e ela orou pelas minhas cordas vocais como se estivesse orando por você. E a palavra que ela mandou que eu ministrasse a você é a seguinte: “não tema”! Se você vai passar pelas mãos dos médicos é para que a sua voz fi que ainda melhor do que antes. E fi que sabendo que esse deserto que você vai atravessar tem começo, meio e fim. Assim como Jesus passou 40 dias no deserto, você também vai cumprir esse tempo determinado por Deus. Mas satanás não vai adiar nenhum minuto sequer o dia da tua vitória”. Aleluia! Esse é o Deus que eu amo. Firmada nessa palavra, fi quei livre dos temores e me lancei nos braços do meu Deus para que a Sua vontade fosse realizada.


EM ALGUM MOMENTO VOCÊ PENSOU QUE PODERIA PASSAR POR ISSO?
No ano de 2000, quando eu estava gravando o meu CD “Deus Proverá”, tive dois nódulos nas cordas vocais, os quais regrediram apenas com a fonoterapia. Naquela época eu adquiri alguns bons hábitos de voz e passei a usar de uma forma mais responsável esse instrumento que Deus me deu. Na verdade nunca pensei que fosse passar por esse problema novamente e, muito menos, que ele pudesse se agravar a ponto de se tornar um caso cirúrgico.


VOCÊ CHEGOU A QUESTIONAR A DEUS: “POR QUE EU”?
É claro que sempre ficamos confusos quando Jesus nos chama para uma viagem e, no meio dela, acontece uma tempestade. Os discípulos de Jesus também se sentiram assim. E eles chegaram a perguntar: “Mestre, não Te importa que pereçamos?” Jesus parecia indiferente naquele momento de perigo. Mas na hora certa, simplesmente ordenou que o vento e o mar se aquietassem. Confesso que passei por momentos de questionamento. Cheguei a dizer: “Senhor, se Tu me deste essa voz para Te adorar, por que Tu estás me privando dela agora quando o mundo mais precisa que eu pregue a Tua palavra?”
Cheguei a pensar que era o fim, que Deus tinha outro chamado para mim que não o louvor. Mas logo esses pensamentos foram dissipados no decorrer de um tempo de solidão na presença do meu amigo Espírito Santo. Ninguém melhor do que Ele para nos consolar e edifi car nesses momentos de incerteza. Nem tudo Deus explica para nós. Mas Ele nos prometeu que jamais nos deixaria órfãos. Prometeu um consolador, o Espírito Santo.
Se eu pudesse compreender todos os caminhos de Deus, Ele não seria o meu Deus. Eu é que seria o Deus dEle. Mas, porque Ele é Deus, Seus caminhos são mais altos do que os meus caminhos e Seus pensamentos mais altos do que os meus. Mesmo quando não entendo as razões, sei que há um motivo justo e coerente, que Deus pode me revelar ou não. Então, faço minhas as palavras do profeta Isaías: “Tu, Senhor, guardarás em perfeita paz aquele cujo propósito está firme porque confi a em Ti. (Is. 26:3).


COMO VOCÊ SE PORTOU FRENTE AOS DIAGNÓSTICOS PESSIMISTAS? QUAL FOI SEU CONSOLO?
O pior momento foi depois da cirurgia, quando tentei falar e minha voz simplesmente não veio. Cumpri o tempo de silêncio. Aproximadamente cinco dias sem dar uma palavra. Quando fi nalmente chegou a hora de falar, não escutei nem sinal da minha voz. Minha secretária ligou para doutor Marcos e perguntou se isso era normal. Ele disse que sim e que eu deveria esperar o dia da consulta para avaliarmos melhor. Dez dias depois, lá estava eu. Por meio de um exame de videolaringoscopia, foi detectado o surgimento de um granuloma pós-operatório, uma espécie de reação pós-cirúrgica não muito comum entre os casos simples como o meu, mas que, infelizmente, aconteceu.
O médico me receitou alguns remédios, vaporização e repouso. Segui tudo rigorosamente. Quando retornei ao consultório, o granuloma estava no mesmo lugar. Foi quando ele me disse que eu teria que ser operada novamente para a remoção desse granuloma, que era muito maior do que os nódulos que haviam sido removidos. Acho que saí de lá pior do que da primeira vez. Por essa eu não esperava.
A cirurgia foi marcada para o dia 29 de abril, aniversário do meu marido. Fomos para casa, eu e o Odilon, mais uma vez entregues à vontade do Senhor. Não compreendíamos porque aquilo estava acontecendo, se havíamos obedecido Sua voz, mas decidimos orar e perguntar a Deus se essa segunda cirurgia era de Sua vontade. Durante esse tempo, encontrei consolo na presença de Deus, na Sua palavra e em muitas canções que escutava o dia inteiro. Minha família e amigos também foram de suma importância para mim.
O Matheus e o Lucas, meus filhos, passavam o dia todo com um caderninho, escrevendo coisas lindas para mim, sendo solidários com meu silêncio. Durante esse tempo, também fomos presenteados por Deus com uma grande notícia: Odilon foi consagrado pastor. Ficamos muito agradecidos a Deus e essa notícia foi essencial para a minha decisão de não mais operar.
A cirurgia seria no dia 29 de abril e a consagração do Odilon no dia 2 de maio. Ou seja, no dia de uma das maiores vitórias de nossas vidas, eu teria que ficar muda em casa, sem dar um “Glória a Deus”, mesmo que baixinho, por esse momento, tão prometido por Deus, na vida de meu marido, que por 10 anos foi escravo da cocaína e quase morreu diversas vezes nas mãos do diabo. Deus jamais me impediria de celebrar esse momento. Fui ao médico e disse que não iria me submeter à operação,mas esperaria o agir de Deus. Dez dias depois, voltei ao consultório e o granuloma havia desaparecido completamente, sem deixar marcas ou seqüelas. Minhas cordas vocais ficaram novas outra vez.
Curada, Eshyla compartilha as lutas e vitórias e sente-se mais forte espiritualmente para cantar


COMO FOI PASSAR POR ESTE VALE DE QUASE SETE MESES SEM PODER MINISTRAR? QUAIS AS BÊNÇÃOS DESSE DESERTO?
Baseada em todas as verdades que aprendi no decorrer desse vale, posso avaliar esse tempo de silêncio como um grande presente de Deus. Sinto que coisas grandes estão para acontecer. Grandes mudanças e realizações. Preciso me preparar para o “novo” de Deus que já começou em minha vida. Deus me atraiu para o deserto para falar comigo com carinho, como está escrito em Oséias 2:14. O deserto não é o lugar onde os sonhos morrem, mas onde eles se realizam. Deus não nos leva para o deserto para nos destruir, mas para nos ensinar e nos preparar para conquistar.
Olhando para trás, percebo que tenho recebido de Deus muito mais do que jamais esperei. Mas o Deus do ‘infi nitamente mais’ é invencível no abençoar e Ele sempre tem muito mais para Seus fi lhos amados. Estou há quase seis meses sem cantar, mas tenho sido tratada por Deus de forma muito particular e secreta. Ele tem me sustentado. Nada tem me faltado. Descobri que posso sobreviver sem cantar sete dias na semana, 30 dias no mês, 365 dias por ano. Posso todas as coisas nAquele que me fortalece. Posso até fi car sem voz, mas o meu coração jamais vai deixar de adorar ao Deus que eu amo.


VOCÊ SEMPRE FOI DISCIPLINADA E CUIDADOSA COM A VOZ? COMO ERA SUA AGENDA?
Tenho aprendido que não estou no controle. Isso é tão obvio, mas parece que nos esquecemos desse detalhe tão importante. Outra lição aprendida foi: mesmo seguindo o caminho estabelecido por Deus, posso passar por difi culdades e provações. Aliás, estreito é o caminho que conduz à salvação, diz a Palavra de Deus.
Mas acho que a maior de todas as lições que aprendi foi que não posso e não devo querer abraçar o mundo. Tenho visto uma geração de cantores doentes no corpo, na alma e no espírito, porque não descansam. Adoradores que levam multidões a adorar, mas não sabem mais o que é adorar em secreto, porque não têm tempo, afi nal eles têm uma agenda a cumprir. Ensinam os outros a viver uma realidade que eles não conseguem mais viver, porque o cansaço não deixa. Isso é falta de domínio próprio, que é um fruto do Espírito, como está registrado em Gálatas 5:22.
Não podemos abandonar nossas famílias, amigos e igrejas e ainda colocar a culpa na obra de Deus, porque Ele jamais desejou que fôssemos seres humanos solitários, vivendo de forma isolada e egoísta, como se viajar para fazer a obra e vender muitos CD fosse tudo o que temos e tudo o que somos.


O QUE DEUS TE ENSINOU NESSE TEMPO?
Acho que poderia ter tido maiores precauções com esse instrumento que é minha voz. Somos totalmente responsáveis por aquilo que Deus nos dá, e um dia daremos conta de tudo o que recebemos do Senhor. Lembro de que durante meu exame, o médico disse que eu teria que aprender a dizer não. Sempre achamos que podemos avançar um pouco mais, dormir um pouco menos, assumir mais um compromisso e, assim, vamos vivendo.
A voz não é um aparelho que você liga e carrega na tomada. Para que eu me recupere de uma semana carregada de compromissos, preciso de, pelo menos, uma semana de repouso absoluto. E isso pode variar para mais ou para menos, dependendo dos limites de cada pessoa. Se não respeitarmos nossos próprios limites, como poderemos esperar que outros respeitem?
Certa vez, Jesus disse aos seus discípulos: “Vigiem e orem para que não caiam em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca”. Ele estava indignado porque seus amigos não conseguiam fi car acordados, orando com Ele naquele momento tão difícil de Sua vida, o momento que antecedia sua crucifi cação. Até hoje, Jesus se depara com discípulos que dormem ao invés de vigiar. Dormem por vários motivos, mas um deles é porque estão exaustos. Não entendem que há tempo para tudo, inclusive para o descanso e para a família. Quantos meses passei sem tirar um fi m de semana sequer para estar com meus filhos! Quantas semanas cheguei em casa somente para refazer malas! Acho que temos que cumprir o “ide” de Deus, mas precisamos parar de querer abraçar o mundo e sacrifi car nossas saúde e família.
Oração, estudo bíblico e comunhão sempre são prioridade no tempo da família

O QUE TEM A COMPARTILHAR COM OUTROS CANTORES, PASTORES, EVANGELISTAS... ENFIM, CRISTÃOS QUE USAM A VOZ COMO INSTRUMENTO DE PROPAGAÇÃO DO EVANGELHO?
Oro para que tenham boa saúde e tudo lhes corra bem, assim como vai bem a sua alma (III João versículo 2). Cuidem-se! Somos corpo, alma e espírito. Precisamos respeitar nossos limites. Não pensem que são invencíveis só porque estão fazendo a obra de Deus. Quem usa a voz, para pregar, ensinar, cantar ou tudo ao mesmo tempo, deve visitar regulamente um otorrinolaringologista. Façam exames e obedeçam às orientações. Assim como precisamos nos preparar espiritualmente para as provas que certamente virão, também precisamos nos prevenir contra os males que podem paralisar esse corpo mortal no qual vivemos. Procure descobrir seu limites e não tente ultrapassá-los. Faça a sua parte e Deus fará a dEle.


VOCÊ JÁ VOLTOU A CANTAR?
Ainda não tenho permissão para abrir minha agenda totalmente. Peço a compreensão dos meus amados irmãos que têm ligado insistentemente para meu escritório pedindo uma data. Estou com muita saudade de estar com vocês, mas, por enquanto, preciso cumprir esse tempo de repouso que será de suma importância para minha total recuperação. Como já disse, estou apenas cumprindo aqueles compromissos que já estavam préagendados, e mesmo assim com a ajuda da Liz Lanne, minha irmã. Espero voltar o mais breve possível. E peço oração a todos intercessores espalhados por esse Brasil. E agradeço por todos e-mails e cartas de carinho e solidariedade. Vocês não sabem o quanto isso me consola! Amo vocês! meses passei sem tirar um fim de semana sequer para estar com meus filhos! Quantas semanas cheguei em casa somente para refazer malas! Acho que temos que cumprir o “ide” de Deus, mas precisamos parar de querer abraçar o mundo e sacrifi car nossas saúde e família.


ANTES QUE ELA ACABE
Andar, respirar, olhar, falar são coisas feitas tão automaticamente que só são percebidas com importância quando há um problema. Até mesmo profissionais que têm a voz como principal instrumento de trabalho, muitas vezes, não tomam tantos cuidados. O tom, o timbre e a forma de falar são fatores que formam a identidade de uma pessoa e precisam ser tratados assim como a aparência.
A voz não é apenas resultado do ato mecânico do ar passando entre as cordas vocais. É mais que isto: é produto da interligação de seis sistemas integrados e que não funcionam separadamente: produção, vibração, ressonância, articulação, captação e coordenação central. Todos eles são regidos pelo Sistema Nervoso Central e, basicamente, pela emoção. Assim, é válido afirmar que a emoção é a ‘mãe da voz’. Portanto, para que haja uma saúde vocal, é preciso cuidar muito bem do corpo e das relações interpessoais.
Noélio Duarte, fonoaudiólogo e fonoterapeuta há 25 anos com atuação ininterrupta e professor da disciplina “Voz e Comunicação” da Faculdade Batista do Rio de Janeiro, vai além e diz que profi ssionais que utilizam a voz, muitas vezes, nem sabem que têm problemas vocais. Ele lembra que uma pesquisa do Serviço de Fonoaudiologia da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) mostra, por exemplo, que a maioria dos professores universitários (e profissionais correlatos) possuem problemas de voz mas não percebem.
Durante a pesquisa, foi aplicado um questionário aos professores para auto-avaliação da qualidade da própria voz. Suas vozes foram gravadas e analisadas por três fonoaudiólogos. No resultado, foi constatado que 83% dos professores apresentam vozes alteradas ou ruins. Na pesquisa, dos inúmeros problemas de voz, verificou- se que a maioria ocorre por falta de equilíbrio, ou seja, os profi ssionais forçam o uso da voz e não mantém constância no tom da mesma.

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