Violencia um Monstro que Precisa ser Exterminado

O que podemos fazer para superar a violência
Aconteceu, no dia 9 de maio, o Seminário de Segurança promovido pelo Fórum em Defesa da Vida. Desde a sua criação, temos dialogado sobre este tema e defendido a idéia de que a segurança está intimamente ligada à garantia dos direitos básicos, não podendo ser vista apenas sob a ótica das ações diretas dos órgãos de segurança. A segurança começa na qualidade da educação, do sistema de saúde, do transporte público, da moradia e do trabalho.
Nosso convidado, Paullo Santos, do Instituto São Paulo Contra a Violência, nos ajudou a aprofundar a reflexão sobre a “segurança cidadã”. Iniciou mostrando que temos facilidade de dizer que a polícia é violenta e muita dificuldade de nos percebermos violentos. A violência é inerente a todo ser humano. Paulo trouxe sua experiência de vida: “Minha mudança pessoal iniciou com uma conexão espiritual profunda, buscando tirar o ser violento que havia dentro de mim.” Falou da necessidade de trabalhar a prevenção e de ver a violência de forma ampliada, não apenas como uma questão de polícia. “Temos que ver o processo social de forma orgânica e tratar a violência como a homeopatia cuida da doença. A medicina alopática bate na doença para curar, assim como a polícia bate no ‘bandido’ para curá-lo. Ao contrário, a homeopatia se identifica com o doente e une-se a ele em busca da cura.”
Paullo Santos considera o FDV como uma experiência concreta de segurança cidadã. Diz que é preciso identificar que o problema da violência é nosso. Como fazer um diagnóstico aprofundado para identificar os tópicos da violência e iniciarmos o tratamento? Que responsabilidade temos em relação à violência? Até onde podemos ir? Até onde podemos ir além? O que significa segurança? Que segurança queremos? Como a queremos? Que política de segurança desejamos para a nossa região, para a nossa cidade?

O grupo, motivado a pensar a segurança da nossa região e cidade, formulou algumas propostas
De Políticas Públicas:1 – Construir uma política de segurança pública com a participação da sociedade civil, com a criação de conselhos de segurança deliberativos;2 – Qualificar e valorizar o trabalho policial com apoio psicológico, formação acadêmica, formação humana, piso salarial digno e instrumentalização adequada;3 – Fiscalizar e controlar o trabalho policial para que seja feito respeitando os direitos humanos, os anseios e necessidades locais;4 - Aplicar os princípios da polícia comunitária;5 – Descentralizar os serviços da justiça criminal (nos CICs, Defensoria, DDM, etc);6 - Ampliar a justiça restaurativa como política de estado;7 – Melhorar e ampliar o trabalho de prevenção nas instituições de ensino;De responsabilidades da sociedade civil:1 – Sentir-se co-responsável pela segurança, participando dos diálogos e propostas de melhoria, organizando grupos para pensar a superação da violência e fortalecendo redes de ação;2 – Qualificar sua atuação e instituir mecanismos de controle social;3 – Buscar a superação da violência pessoal e familiar e resgatar valores;4 – Fortalecer a atuação dos jovens nos espaços dos fóruns;5 –
Contribuir para a promoção de uma cultura de paz.6 - Promover a formação cidadã nas instituições

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

ISAQUE E SEUS ERROS COMO PATRIARCA

SAIBA ESCOLHER SUAS AMIZADES.